segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Conhecendo um pouquinho das idéias do Mestre: DOM SANTIAGO


Relato de um de seus primeiros companheiros:
Conheci Dom Santiago. Em sua presença senti que penetrava numa atmosfera diferente da que estava acostumado a respirar; causou-me impacto o campo de liberdade em que ele se movia e intui de imediato que estava diante de um ser superior. Em seu ser vislumbrava uma grandeza de alma que eu sempre havia buscado.
Dom Santiago era um espelho para mim em sua presença eu me via "demasiadamente" bem. Meu passado surgia como uma densa sombra, mas também vislumbrava um mundo novo e a força de uma vocação lançada a um destino futuro.
A simples presença de Dom Santiago me fez ver, desde o primeiro momento, a diferença fundamental entre o que eu entendia até então por idéias espirituais e o que é vida espiritual.
Dom Santiago me disse: "Se houver oferenda de vida, sim! Se houver oferenda consumada até o fim".
Dom Santiago queria saber como eu respondia como ser moral.
Dom Santiago apresentava-se tal como era e não forçava ninguém a segui-lo: simplesmente estava ali. E sua presença era tudo.
Na presença de Dom Santiago sentia sua força liberadora, percebia o seu "não interesse" por mim. A grandeza de seu gesto libertador significava não querer possuir o outro. O que Dom Santiago queria dizer? Qual era seu ensinamento fundamental? Qual era sua doutrina?
Dom Santiago possuia uma vasta cultura. Em alguns momentos refletia a cultura do oriente místico, em outras exaltava a mística cristã e os exemplos de santidade.
Dom Santiago não fazia "doutrina", não "fixava" o pensamento, não o corporificava num "sistema de idéias", porque ele mesmo não era um sistema de idéias.
Dom Santiago dizia: "A originalidade do Caminho da Renúncia e o que o diferencia das religiões conhecidas é que não transmite uma doutrina dogmática ou um corpo sistemático de idéias, mas constitui-se num "estado de alma".
Dom Santiago dizia: "Nunca diga que sabe algo, porque senão estará perdido: sua mente deve estar sempre aberta, receptiva a novas formas ou expressões da verdade".
Na presença de Dom Santiago fui sentindo progressivamente a energia emanente e expansiva de sua pessoa.
Mas a energia que eu começava a sentir na presença de Dom Santiago era algo diferente.
Dom Santiago se adiantava ao futuro com uma visão realmente extraordinária.
"A humanidade está passando por um momento crucial" - me dizia - "e muitas almas, como uma antecipação à evolução, estão realizando em seu interior a grande experiência de preparar novos moldes para o homem do futuro".
Corria o ano de 1937...Dom Santiago, olhando o céu estrelado, falava de grandes ciclos do devenir universal e do mundo futuro. A era de peixes chegava ao fim e começava um "novo tempo" sob o signo de Aquário: uma nova expressão de vida divina abria os céus.
O que era esse "algo" que Dom Santiago descobria com seu olhar penetrante no mistério da noite estrelada?
Vivemos numa destas épocas-chave, num destes "tempos-eixo" que alguns seres como Dom Santiago vislumbravam com muita antecipação.
Dom Santiago falava dos grande mestres do universo, dos intérpretes da vontade divina na geração e construção da Grande Obra Universal sobre a terra.
Dom Santiago anunciava que entre os anos de 1972-79 um novo iniciado se faria presente na humanidade.
Dom Santiago dizia: "o senhor reparou que todos os místicos cristãos que têm visões vêm a figura de Cristo e todos os budistas vêm o Bhuda...por que será?
Ouvi Dom Santiago falar uma única vez sobre esse anúncio de forma simples.
Não voltou mais a falar sobre o assunto.
Teve para mim muita importância o testemunho de vida de Renúncia na pessoa de Dom Santiago.
Como aprendi Renúncia com Dom Santiago?
Por pregação? Pelo ensinamento formal de novos princípios? Por disciplina?
Sim e não. Diria que fui aprendendo por similitude.
Vejamos se podemos caracterizar ainda melhor o fundo místico do estado de Renúncia de Dom Santiago.
Eu sentia Dom Santiago como alguém que "morreu!", como alguém que cruzou a barreira existencial da "morte" e está vivendo além da morte.
Dom Santiago em sua condição de mestre é aquele que "morreu". Somente quem morreu pode ensinar aos demais como cruzar a barreira da morte.
Junto a Dom Santiago, como eram vãos os meus problemas.
Dom Santiago se interessava profundamente por todos os aspectos da vida. Sempre tinha tempo para tudo e entregava-se com o mesmo amor tantos às grande ações como às pequenas.
Dom Santiago tinha uma ideia espiritual única que apontava para a egoência do ser.Dizia "Você tem que compreender que hoje em dia não há uma ideologia melhor que a outra , ou um sistema social melhor  do que outro - e completava - a doutrina social do futuro é bem simples: a Renúncia. Ali está todo o segredo da felicidade do mundo: não tirar nada, recolher o pedacinho de pão do chão e comê-lo, como faziam nossos avós, ou utilizar o que se joga fora da verdura para preparar com isso um novo prato; tudo o mais é passado e morte".Dom Santiago era um ensinamento não escrito, mas transmitido verbalmente em função da vida. Dom Santiago dizia que compreensão ou sentimentos deveriam ser acompanhados por expressões concretas da vida.
Dom Santiago costumava dizer: "os homens de hoje que querem verdadeiramente ajudar a humanidade, deixam de escrever livros, renunciam a seus bens e vão viver com os mais pobres e os mais deserdados.
Dom Santiago me contou : um sacerdote operário deixou seu hábito e vestindo roupas humildes foi viver junto aos operários e participar de suas vidas humildes e de sacrifício. Começou a trabalhar no porto, carregando nos ombros essas pesadas sacas e vivendo como seus companheiros de trabalho. Eles chegaram a saber que ele era um padre, mas ninguém jamais lhe perguntou se o era na realidade.
Certo dia, em seu trabalho, caiu um guindaste sobre ele e o matou: assistiram ao seu enterro centenas de homens de todas as condições e de todas as idéias.
Dom Santiago dava à vida consagrada um valor fundamental e a considerava como suprema vocação do homem sobre a terra.
A partir do ano de 1952 Dom Santiago fundou na América as primeiras comunidades espirituais, inspiradas num profundo sentido místico de consagração. No entretanto, Dom Santiago não se cansava de repetir que eram muito poucos os chamados a deixar tudo por amor a Deus e à humanidade.
Dom Santiago costumava exemplificar esta singularidade vocacional, com relatos simples e amenos: "um grupo de patinhos estão na água - dizia - todos são iguais, mas há um diferente; geralmente são todos brancos, mas entre eles há um que é preto. O mesmo ocorre com as famílias: entre vários filhos um deles pode não ter nascido para seguir a mesma vida tradicional dos outros irmãos; geralmente todos se casam, mas há um que não nasceu para se casar. Se trata-se de uma filha, chegada uma certa idade os pais desejam que tenha um namorado e que se case, mas infelizmente ela não nasceu para a vida de casamento. E se casa simplesmente para agradar os pais ou seguir o que é de hábito, será muito infeliz. Há almas que nasceram para Deus. Cada um deve responder com fidelidade à voz íntima de sua vocação".
Quando eu perguntava a Dom Santiago que sentido tem esse tipo de vida, que valor pode ter para os demais homens que inclusive ignoram sua existência, ele me respondia: "esta vida é o que torna possível que os demais vivam".
Dom Santiago dizia que os seres consagrados, qualquer que seja a religião a que pertençam e qualquer que seja a ideologia - são "membros" desse corpo místico que anima e dá sentido à sociedade humana.
Convivendo com Dom Santiago comecei a me dar conta de que haviam zonas estritamente privadas em sua vida, percebia que haviam zonas de vida em que eu não podia entrar, zonas de clausura.
Dom Santiago acerca deste novo mistério da existência me respondia com um paradoxo: "você pode estar ao lado de um místico, conhecer sua vida, seus costumes, conversar com ele e crer que o conhece, mas não pode chegar nunca a certas zonas de seu interior".
Como será a sociedade do futuro?, perguntava eu a Dom Santiago. E ele me respondia de forma simples, mas carregada de significado: "os sábios e os santos serão sacerdotes, legisladores e guias da humanidade.


Dom Santiago Bovísio foi o fundador de Cafh - Um Caminho de Desenvolvimento Espiritual.





quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O DESPERTAR...



Terra, 114 milhões de anos atrás, de manhã, logo após o nascer do sol: a primeira flor que aparece no planeta abre-se para receber os raios solares. Antes desse formidável acontecimento, que representa uma transformação evolucionária na vida das plantas, o globo já estivera coberto de vegetação por milhões de anos. A primeira flor provavelmente não durou muito tempo. As flores devem ter permanecido como um fenômeno raro e isolado porque talvez as condições ainda não fossem favoráveis à plena ocorrência do florescimento. Um dia, porém, um limite crítico foi alcançado e, de repente, deve ter se dado uma explosão de cores e perfumes por toda a Terra--isso é o que uma consciência observadora teria visto se estivesse presente.

UM NOVO MUNDO
O DESPERTAR DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA
ECKHART TOLLE

SEXTANTE

Nesse livro, Eckhart Tolle nos exorta a produzir uma modificação em nosso Estado de Consciência, ou seja, o despertar.
Como descrito acima no Capítulo Um, "O DESABROCHAR DA CONSCIÊNCIA HUMANA", EVOCAÇÃO.
Ele nos mostra o  futuro eminente, em relação ao limite crítico que estamos por alcançar em relação à consciência humana, assim como se sucedeu com as flores, começamos com os "fenômenos raros e isolados", os grandes Mestres da humanidade, Buda, Jesus, Maomé, Patanjali, Platão, Ramakrishna, e tantos outros, e com o passar dos tempos, estamos alcançando massa crítica, assim como aconteceu recentemente com a primavera Árabe, e estamos próximos de uma explosão de cores e perfumes da consciência.
Ele nos conclama, a participar e acelerar esse processo despertando a nossa própria consciência.
Ficar fora desse processo é perder o trem da história, vamos embarcar nessa.
Recomendo a leitura.