Meus queridos amigos Fernando Olguin e Sergio Covas, me enviaram esse texto, que é uma metáfora muito interessante, de autor desconhecido.
Agradeço muito a contribuição.
No ventre de uma mulher grávida estavam duas criaturas
conversando quando uma perguntou à
outra:
- Você acredita em vida após o
nascimento?
A resposta foi imediata:
- Certamente. Algo tem que haver após o nascimento. Talvez
estejamos aqui principalmente porque precisamos nos preparar para o que seremos
mais tarde.
- Bobagem, não há vida após o nascimento! Como seria essa
vida?
- Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que
aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a
boca.
- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É
totalmente ridículo! O cordão umbilical é o que nos alimenta. Eu digo somente
uma coisa: a vida após o nascimento é uma hipótese definitivamente
excluída – o cordão umbilical é muito
curto.
- Na verdade, creio que certamente haverá algo. Talvez seja apenas
um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.
- Mas ninguém veio de lá, ninguém voltou depois do
nascimento. O parto apenas encerra a vida. Vida que, no fim das
contas, é nada mais do que uma angústia prolongada nesta absoluta
escuridão.
- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas,
com certeza, veremos mamãe e ela cuidará de
nós.
- Mamãe? Você acredita em mamãe? E onde ela supostamente
estaria?
- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos.
Sem ela tudo isso não existiria.
- Eu não acredito! Eu nunca vi mamãe alguma, o que comprova que
mamãe não existe.
- Bem, mas, às vezes, quando estamos em silêncio, você pode
ouvi-la cantando, ou sente como ela afaga nosso mundo. Sabe? Eu penso, então,
que a vida real só nos espera e que, agora, apenas estamos nos preparando para
ela.…
(Anônimo)
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