quinta-feira, 28 de março de 2013

PEREGRINA DE PAZ - Post II

Post II
Muito cedo em minha vida, eu fiz duas descobertas importantes: Em primeiro lugar, descobri que era fácil ganhar dinheiro. Em segundo lugar, que ganhar dinheiro e gastá-lo levianamente não fazia qualquer sentido. Eu sabia que não era para fazer tal coisa que eu estava neste mundo, embora, naquela época, não sabia exatamente porque eu viera ao mundo. Foi através de uma intensa busca de um modo de vida significativo e após caminhar uma noite inteira pela floresta, que eu cheguei a algo que hoje percebo ter sido um importante salto psicológico. Senti-me completamente disposta, sem reserva alguma, a dar minha vida, a dedicar minha vida ao serviço dos outros. De fato, este é um ponto sem volta. Depois disto, você nunca poderá voltar a uma vida completamente centrada em si mesmo.
E assim, passei à segunda fase da minha vida.
Comecei a viver para dar tudo o que eu pudesse, em vez de viver para ter tudo que eu pudesse, e entrei num mundo novo e maravilhoso. minha vida começou a ganhar sentido.
Recebi a grande graça da boa saúde; desde então nunca mais tive um resfriado ou senti uma dor de cabeça. (A maioria das doenças são psicologicamente induzidas.) Desde então, eu compreendi que minha tarefa nesta vida seria trabalhar pela paz; e esta cobriria todo o quadro: paz entre nações, grupos e indivíduos, além da tão importante paz interior. Todavia, há uma grande diferença entre estar disposto a dar sua vida e efetivamente doar a sua vida, e no meu caso, passaram-se quinze anos de preparação e busca interior entre os dois estágios.
Durante esse tempo, tomei conhecimento daquilo que os psicólogos chamam de Ego e Consciência. Comecei a compreender que é como se tivéssemos dois eus, duas naturezas, ou duas vontades com dois diferentes pontos de vista. E, por serem tão diferentes, senti, ao longo desse período, uma luta entre meus dois diferentes eus.
Assim é que houve colinas e vales, muitas colinas e vales. Até que no meio desta luta, ocorreu-me uma experiência extraordinária e, pela primeira vez, conheci a paz interior.
Senti uma unidade com meus semelhantes, unidade com toda a criação. Desde então, nuca mais me senti à parte. Eu podia regressar àquele pico maravilhoso e lá permanecer por períodos cada vez mais prolongados e só escorregar de vez em quando. Então veio uma maravilhosa manhã quando eu acordei e sabia que nunca mais teria que descer ao vale. Eu sabia que minha luta terminara e que estava pronta a dar minha vida e encontrar paz interior. Novamente, este é um ponto irreversível. Você não poderá voltar à luta. A luta acabou porque você quer fazer a coisa certa sem que alguém precise pressioná-lo.
Entretanto, o processo não terminou ali. Um grande progresso tem ocorrido nesta terceira fase em minha vida, mas é como se a figura central do quebra-cabeça de sua vida estivesse completa, clara e imutável, enquanto em volta das margens, outras peças vão se encaixando. Sempre há uma margem crescendo, mas o progresso é harmonioso. Há uma sensação de estar sempre cercada de coisas boas, tais como amor, paz e alegria. É como se uma atmosfera protetora lhe cercasse, absolutamente firme, conduzindo-lhe através de qualquer situação que você tenha que enfrentar.
O mundo pode olhar para você e acreditar que você enfrenta grandes problemas, mas haverá sempre recursos interiores para você facilmente superar estes problemas. Nada parece difícil. Há calma, serenidade e nenhuma pressa, nenhum esforço ou ansiedade a respeito de coisa alguma. A vida é plena, a vida é boa e nunca mais estará sobrecarregada. Isto é algo muito importante que aprendi: se sua vida está em harmonia com sua parte no Plano da Vida e se você é obediente às leis que governam esse universo, então sua vida é plena, boa e nunca sobrecarregada. Se está sobrecarregada, você está fazendo mais do que é sua tarefa no esquema total das coisas.








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