sexta-feira, 29 de março de 2013

PEREGRINA DE PAZ - POST III

POST III
Agora se você vive para dar, não para receber, à medida em que se concentra em dar, você descobre que não pode receber sem dar, nem dar sem receber, mesmo as coisas mais maravilhosas, tais como saúde, felicidade e paz interior.
Há uma sensação de energia inesgotável, que simplesmente, nunca se acaba, parece tão inesgotável como o ar. Você se sente como se estivesse ligado à fonte da energia universal.
Você tem agora o controle de sua vida. Veja o ego nunca está sob controle. O ego é controlado por desejos de conforto e conveniência por parte do corpo, por exigências da mente e por explosões de emoções. Mas, a natureza superior controla o corpo a mente e as emoções. Eu posso dizer ao meu corpo: "deite-se naquele chão de cimento e vá dormir" e ele obedece. Eu posso dizer à minha mente: "esqueça tudo o mais e concentre-se na tarefa a sua frente" e ela também obedece. Eu posso dizer às minhas emoções: " permaneçam calmas, mesmo diante dessa terrível situação" e elas se acalmam. É um modo diferente de viver. O filósofo Thoreau escreveu: "Se um homem não marcha ao compasso de seus companheiros, talvez ele esteja seguindo um ritmo diferente, uma natureza superior, em vez de inferior."
Foi só, então, em 1953, que eu me senti motivada, guiada, chamada a começar minha peregrinação pela  paz no mundo, uma jornada empreendida tradicionalmente. A peregrinação é, tradicionalmente, realizada a pé e no espírito de fé e oração, é como uma oportunidade de entrar em contato com as pessoas. Para tanto eu uso uma túnica que leva à frente a inscrição: "Peregrina da Paz". Eu sinto que é este meu nome agora, enfatiza minha missão e não eu mesma.
Nas costas diz: "25,000 milhas a Pé pela Paz". O propósito da túnica é simplesmente, comunicar. Constantemente, quando caminho pelas estradas e através das cidades, pessoas se aproximam de mim e eu tenho a chance de conversar com elas sobre a paz.
Sempre carrego comigo minha mensagem de paz: "Este é o caminho da paz: vença o mal com o bem, a falsidade com a verdade, o ódio com o amor". Nao há nada de novo nessa mensagem, exceto sua prática. E é preciso pratica-la, não só no plano internacional, mas também no pessoal. Eu acredito que a situação do mundo é um reflexo de nossa própria imaturidade. Se fôssemos pessoas maduras, harmoniosas, a guerra não seria problema, seria impossível.
Todos nós podemos trabalhar pela paz. Podemos trabalhar exatamente onde estamos, dentro de nós mesmos, pois, quanto mais paz tenhamos dentro de nossas vidas, mais paz refletimos na realidade exterior. De fato, eu acredito que a vontade de sobreviver nos empurrará até algum tipo de paz mundial insegura, a qual, se quiser, perdurar, deverá ser apoiada por um grande despertar interior. Eu acredito que nos interessamos em uma nova era quando descobrimos a energia nuclear, e essa nova era clama por um novo renascimento para elevar-nos a um patamar mais alto de compreensão, para que sejamos capazes de fazer frente aos problemas dessa nova era. Assim, basicamente, meu lema é a paz interior como um passo em direção a paz mundial.

Um comentário:

  1. É muito bom e encorajador saber de pessoas que abraçam causas tão superiores e tão imprescindíveis! Todos precisamos fazer também a nossa parte. Mãos `a obra - à Grande Obra!
    Sylvia Fernandes

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