quarta-feira, 3 de abril de 2013

PEREGRINA DE PAZ - POST VIII

Existe outro tipo de possessividade. Você não possui qualquer outro ser humano, não importa quão próxima seja sua relação com ele. Nenhum marido possui a mulher;  nenhuma esposa possui seu marido; nenhum pai possui seus filhos. Quando acreditamos possuir as pessoas tendemos a dirigir suas filhas e daí surge uma situação de extrema desarmonia. Só quando damos conta de que não as possuímos, que elas devem viver de acordo com suas próprias motivações interiores, é que deixamos de tentar dirigir suas vidas e então descobrimos que somos capazes de viver em harmonia com elas.
Agora a última: a renúncia a todos os sentimentos negativos. Quero mencionar apenas um sentimento negativo: é a preocupação. Preocupar-se é diferente de ocupar-se o que lhe obrigaria a fazer o possível para resolver uma situação.
Preocupar-se é, inutilmente, remoer coisas que não podemos mudar. Vou mencionar apenas uma técnica. Raramente, preocupamo-nos acerca do momento presente, o que, de maneira geral, está aqui. Se você se preocupa, você sofre pelo passado que deveria ter esquecido há muito tempo, ou fica apreensivo pelo futuro que nem sequer está aqui, ainda. Tendemos a passar por cima do momento presente. Uma vez que este é o único momento que pode ser vivido, se você não o vive agora, você jamais chegará a vivê-lo. Se, de fato, você vive o momento presente, tenderá a não se preocupar. Para mim, cada momento é uma nova oportunidade de prestar serviço.
Um último comentário acerca dos sentimentos negativos, algo que me ajudou muitíssimo em uma ocasião que tem ajudado outras pessoas. Nenhuma coisa exterior, nada ou ninguém pode ferir-me internamente, psicologicamente. Eu só posso ser ferida psicologicamente por minhas próprias ações errôneas e sobre as quais eu tenho controle: ou por minhas próprias reações equivocadas, as quais são sutis e enganosas, mas também ser por mim controladas; ou por minha própria passividade em algumas situações, como por exemplo, a atual situação mundial, a qual precisa de minha ação. Quando tomei consciência de tudo isto, que livre me senti! E simplesmente deixei de magoar-me. Agora, alguém poderia me fazer o pior mal e eu sinto apenas a mais profunda compaixão por esta pessoa tão em desarmonia, esta pessoa tão doente psicologicamente, que é capaz de fazer coisas tão perversas. Eu, certamente, não me magoaria através de uma reação errônea de amargura ou rancor. Você tem controle absoluto sobre ferir-se ou não, psicologicamente, e você pode parar de magoar-se a qualquer momento que você assim o queira.
Estes são os passos em direção à paz interior que eu desejava compartilhar com você. Não há nada de novo nisto. É a verdade universal. Eu apenas conversei sobre isto com minhas próprias palavras em termos da minha própria experiência pessoal. As leis que governam este universo operam para o bem tão logo as obedecemos, e qualquer coisa contraria a essas leis não perdurará, pois contém dentro de si os germes da sua própria destruição. O bom em cada vida humana torna possível a nós a obediência a essas leis.
Nós temos livre arbítrio e, assim, depende apenas de nós quão cedo passamos a obedecer a estas leis e encontrar a harmonia, tanto dentro de nós como no mundo.

Todos os VIII post's fora extraídos de uma palestra realizada na Estação de rádio KPFK, Los Angeles.

POST VIII







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